sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Cortado de judiaria

Não dou guarida pra tisteza em minha vida,
Sou sempre alegre, entreverado com a alegria;
Mesmo que às vezes, a má sorte me atrapalhe,
Sigo contente, cortado de judiaria.

Quando me enfio, em festança macanuda;
Que a brincadeira vai até o clarear do dia,
Aguento firme, no compasso do bailado,
Volto pra casa, cortado de judiaria.

Se em algum baile, a sorte sorri pra mim,
E eu me acho nos braços de uma guria,
Desdobro a prenda, do começo até o fim,
Mesmo ficando, cortado de judiaria.

Aguento firme, os percalços desta vida,
Sigo na lida, enfrentando o dia a dia;
Os meus amores são estrelas que me guiam,
Nestes caminhos, cortado de judiaria.

Vivo o presente, o futuro, a Deus pertence,
Não acredito em tudo que se anuncia;
Sou doutros tempos, sigo as regras do passado,
Garrão fincado, cortado de judiaria.

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