segunda-feira, 27 de julho de 2009

Trevo de acesso


Guri

Por ser guri continuo travesso,
Ao embalo do berço da eterna ilusão,
A acreditar na fada que nanou meus sonhos
E na espontâneidade de um coração.

Por ser guri, persigo meus sonhos,
As vezes tristonho, outras com alegrias;
Penso no perto que se fez distante,
E no envolvimento de tão belos dias.

Por ser guri, acredito no mundo,
No sentimento profundo que existe na gente,
Acredito no homem, no amor e na paz
E que tudo um dia vai ser diferente.

Mesmo guri, já aprendi uma lição;
Ninguém consegue fugir da prisão,
E todo o disfarce é mera ilusão
Quando a prisão está dentro da gente.

Meus devaneios

Já garimpei por esse corpo todo,
Já fui de tudo que podia ser;
Fui companheiro nos teus devaneios
E fui parceiro para o teu prazer.
Eu já fui tudo e hoje sou nada,
Por entre os dedos te deixei fugir,
Pois não sabia que a tua ausência,
O meu sossego fosse consumir.
Passa o tempo, mas você não passa,
A minha mente vive a delirar,
Sonho contigo, mesmo acordado,
Desesperado, saio a procurar.
Percorro os bares e as avenidas,
Na esperança de te encontrar,
Sofrer por ti agora é meu castigo
Por não ter sabido te valorizar.