Quando chega a tarde de um fim de semana,
Me bate no peito uma grande saudade,
Boto a melhor pilcha, pra ficar bacana,
Saio a procurar fandangos na cidade,
Pois eu sempre tive uma vida aragana,
E nunca gostei de ficar na vontade.
Ao chegar no baile, busco a querendona,
Me agrada dançar de um jeito compassado,
Prestando atenção no choro da cordeona,
Pra dançar vaneira ou xote figurado;
Sou mui delicado, no trato com a dona,
Pra falar de amor, não sou encabulado.
Assim, deste modo, vou me divertindo,
Levando esta vida, de um jeito floriado,
Sou um peão do mundo que vive seguindo,
O costume antigo deste meu estado,
Fandango e carreira, sempre perseguindo,
E respeitando os outros, pra ser respeitado
(O respeito é bom e eu gosto!)
sábado, 13 de novembro de 2010
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