sábado, 11 de julho de 2009

Fronteiriço

Lhes digo, sou fronteiriço
E missioneiro também;
Não dou bolas para o perigo
E nem me achico para ninguém;
Ganho no peito e na raça
As coisas que me convém.

Conheço a lida campeira,
Sou marco da tradição;
Minha têmpera é forjada
Com o fogo feito no chão,
E não me troco por nada,
Só obedeço a razão.

Não acredito em maneias
Que possam me segurar,
Sou indio duro de queixo
E difícil de enfrenar,
Quem não acredita, tente,
Depois não vá se queixar.

Eu não nasci para capacho,
Ando de cabeça erguida;
A índole de uma raça
Norteia a minha vida;
Pois sou filho de São Borja,
Gloriosa terra querida.
São Borja

São Borja, aqui te canto
E reverencio a memória;
Do teu passado de glórias
Que a história imortalizou;
O teu nome se ampliou
Com os feitos de teus filhos;
Reconhecidos caudilhos
Que a natureza gerou.

Os indios e os missionários
Fundaram teu alicerce;
Com sangue, suor, prece
E muita disposição;
Tiveram, na oração,
A força reconfortante
E a teus passos principiantes
Foram base a religião.

Das missões, tu és o marco,
Por teres sido a primeira,
Aqui, não tinha fronteira,
Quando a tua fundação;
São Borja, por devoção,
Do bravo que te fundou,
E a bravura perpetuou
A todas as gerações.

Na guerra do Paraguai
Tu fostes palco de luta;
Travou-se heróica disputa
Nas barrancas do Uruguai;
Mostrastes , aos paraguai,
O valor de tua raça,
O povo lutou em massa,
Com valentia nomais.

De lança, de adaga, espada
E baioneta calada;
Foi muita dura a mascada
Que tivestes de enfrentar;
Mas conseguistes frear,
O ímpeto do castelhano,
E o inimigo paissano,
Não pode te dominar.

Velha terra legendária,
Orgulho dos filhos teus,
Bem sei, que a mão de Deus
Abençoou, este rincão;
Capital da Produção,
É um dos nomes que tens,
Aqui todos vivem bem,
Com amor no coração.

Por Cidade dos Presidentes,
Tu também, és conhecida;
Vargas, Jango, foram em vida,
Governantes da Nação,
Que Deus lhes dê redenção,
Na estância da eternidade,
E não negue caridade,
Aos filhos deste torrão.

O teu passado é heroico,
Teu presente, a realidade;
São Borja, és na verdade,
O berço do trabalhador,
Povo de muito valor
Que sabe levar avante,
Teu progresso, é comprovante,
De um futuro promissor.
Natureza

Hoje te contemplo, tristemente,
Sinceramente, não queria vê-la, assim;
Maltratada pelos homens insnsatos,
É um fato, que precisamos dar fim.

Em nome do progresso, vêm chegando;
Devastando fauna, flora, tudo, enfim;
Não entendem que tu és a segurança,
A ganancia não os deixa refletir.

A triste realidade me revolta;
Não entendo o porquê da devastação;
Você que nunca nos nega nada,
Do teu seio sai a nossa nutrição.

Vários movimentos são criados,
Em prol da tua preservação,
Tomara que os frutos deem logo;
Natureza, és a minha devoção.
Toxicômano

Influenciado por outros, começa por brincadeira,
Vai na conversa matreira, do vendedor preparado,
E o jovem, pobre coitado, sem base na formação,
Mete os pés, pelas mãos, logo torna-se um viciado.

Começa a pagar o tributo, por uma falsa realidade;
Induzido por maldade de gente sem coração,
Que não merece perdão, por tamanha covardia;
Destruir vidas sadias, nocivar população.

Daí a degradação, física, sexual e moral,
Tem horrível sensação, tremor, delírio, alucinação
E transforma-se em um impotente;
Um espectro de gente, que vive na escravidão.
Grêmio estudantil

Esta entidade que congrega os jovens,
De norte a sul, deste imenso Brasil,
Merece a confiança e o nosso respeito,
Pois ela é a base do movimento estudantil.

Caro estudante, ocupe o teu espaço,
Descruze os braços e parta pra luta,
Não fique alheio ao que está acontecendo;
Pois nossa vida é uma eterna disputa.

A tua presença é muito importante,
O Grêmio estudantil, representa o estudante,
E, em todas as escolas, precisa existir;

A tua força, está na organização,
Você é a esperança, o estímulo e a razão,
De acreditarmos, num novo porvir.