Pintado de picumã
E o piso de chão batido,
Velho reduto querido
Das coisas da tradição;
Onde o piazote crioulo
Aprende a primeira lição,
Dos rodeios, marcação
E domas a campo a fora,
Que o velho peão pachola,
Ensina com devoção.
És sala de reunião
Do patrão e da peonada;
É onde a gauchada
Relatam suas façanhas,
Entre uns tragos de canha
E um chimarrão espumoso,
Onde o gaúcho orgulhoso,
Lembra coisas do passado,
No presente retratado.
No meio, um fogo de chão,
E um churrasco reforçado,
Com salmora, respingado,
Tempero do assador;
Mesclado com sabor,
Do angico e do pau-ferro,
E o índio, já prende um berro;
- Está pronto, sim senhor.
Debaixo da tua coberta,
Churrasqueiam a contento,
E ao te observar, lamento,
A chamada evolução,
Que trouxe ao nosso rincão,
Tamanha transformação;
- Vou modificar a fazenda!
Disse o patrão orgulhoso,
E tu, galpão majestoso,
Ficarás na recordação.
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