domingo, 14 de outubro de 2012
Velho rio
Meu rio, ainda recordo,
Das primeiras pescaria,
Quando guri, eu fazia,
No regaço do teu leito,
Tirava, com muito jeito,
A voga e o pintado,
Quando fisgava um dourado,
Alegre, estufava o peito.
Tuas águas era cristalina
E pura como a criança,
Conservo em minha lembrança
As belezas que tu tinhas,
Pescava de rede e/ou linhas,
Por esporte e nutrição,
Hoje é recordação
As espécie que continhas.
A chamada evolução
Modificou o panorama,
O animal não reclama,
Morre sem saber o porquê;
Quem já viu e hoje vê
O estado dos nossos rios
Chegam sentir arrepios,
É verdade, pode crê.
E tu, meu rio querido,
Também foste abalado,
Os teus peixes dezimado,
Sofreste transformação,
E se a tal de poluição
Não for a tempo contida,
Quem vai sentir, na vida,
É a nossa população.
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