Vivia num mar de rosas,
No aconchego materno,
Mas depois que vim ao mundo,
Minha vida virou um inferno.
Comecei a passar trabalho,
Sentir frio, calor e fome,
Me registraram em cartorio,
Com númer0, data e nome.
Deste mundo poluído
Absorvi de tudo um pouco,
Reconhecido por homem,
Passei para o mundo dos loucos.
Comecei a fazer loucuras,
Entre as quais, a de te adorar,
Alimentando a esperança,
Que um dia viesses me amar.
Tudo não passou de um sonho
Que o tempo ajudou a esquecer,
Mas somente por ser gente,
Continuo a padecer.
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